terça-feira, outubro 30

Memória Musical.

É normal você associar musicas à pessoas.
Normal associar aquela baladinha romântica dos Beatles ao seu namorado (a); associar "Anarchy in the UK" aos tempos de escola com os amigos; jingles promocionais que remete a infância...

Isso tudo é muito normal. E é bem gostoso também.
Ouvir aquelas notas da introdução que você conhece tão bem, e que te fazem lembrar tantas coisas, depois, o refrão que você canta junto. Às vezes, um filme inteiro de lembranças passa pela cabeça. A trilha sonora da sua vida tocando, e você lá, vendo tudo "de camarote".
É, nostálgico.

Mas tem vezes, que só o fato de ouvir um certo artista/música (mesmo que seja um artista/música que você não goste muito, ou não conheça direito), já vem um turbilhão de emoções. Coisas bem insanas de vez em quando.
O que muitas vezes é curioso, é que durante a época em que você ouvia esse certo artista/música, ele não era seu artista favorito, não era o top nas rádios, nem seus amigos curtiam ele. Então, porque cargas d'água, ao ouvi-lo, tantas lembranças surgem?

Talvez, com o tempo, coisas que não tinham nenhum valor há um tempo atrás, hoje em dia seja muito significativo, mesmo que você não se dê conta. Consciente ou inconscientemente, talvez.

E tem também, aquela música que você achava simplismente o máximo, mas não compreendia direito o que ela queria dizer. E, ao ouvir ela depois de muito tempo, percebe que ela dizia exatamente tudo o que você sentia, pensava, fazia naquela época. Mesmo que você não tenha se dado conta antes. Como se fossemos regidos por cordas invisíveis. Na verdade, como se fossemos apenas os participantes de um grande reality show à lá Thruman, sem que soubessemos. E essa música, nós não compreendíamos (pois não compreendíamos muito bem o que estávamos vivenciando) direito, mas o grande diretor sabia. Porque ele sabia o que se passava.
Tá, sem noção.

Mas é só quê, músicas não deveriam nos marcar tanto. Para momentos bons, tudo bem, é legal. Mas tudo que é bom, tem o lado mau. Aqueles momentos ruins, chatos, que você definitivamente gostaria de esquecer. Mas, esses momentos também foram embalados por notas musicais, e ao repeti-las, os mesmos sentimentos ruins vêm à tona, emergindo para a superfície. Chato isso.
Eu mesma, não escuto mais certas musicas que eu ouvia com grande freqüência tempos atrás, porque trazem "más lembranças".
Isso não deveria mexer tanto com a gente. Ah, sentimentos, quem poderá compreendê-los?

quinta-feira, outubro 11

Torta de Carmim.

Imagine o azul. Agora o amarelo, depois o laranja e o verde.
Imaginou? Agora, imagine o turquesa ou o carmim, não foi diferente?

Não sei se com todas as pessoas acontece isso, mas eu, quando imagino essas duas cores, por exemplo, imagino coisas diferentes do que elas realmente são.
Deixe-me explicar melhor. Quando eu pensa no amarelo, vem a cor amarela na minha cabeça. Tudo bem, normal. Imaginar o azul ou o verde, a mesma coisa. Agora, se eu penso em turquesa, a cor que vem imediatamente à minha cabeça não é o azul-turquesa, e sim um tom de lilás leitoso.
Tá difícil entender? Então, vou explicar.

Para mim, as cores seriam como "águas coloridas". O azul, o amarelo, o verde... Possuem uma consistência bem aquosa mesmo. Como quando joga-se corante na água. Isso seriam as cores neutras. Agora, quando a cor vai ficando mais esbranquiçada, mais "leitosa", seria como se jogasse o corante no leite. Tá dando pra compreender? xD
E quanto mais "leite" for acrescentado às cores, mais consistente a cor fica. Desse modo, o azul teria a consistência de água, enquanto que o turquesa, aliás, o meu turquesa teria uma consistência mais firme, quase como leite condensado.

E então, que cor vem à sua mente, quando eu digo turquesa?

O carmim, é outra história. A primeira coisa que surge na minha cabeça, quando eu vejo essa palavra, é uma torta. Daquelas, iguais as dos filmes. Massa embaixo; recheio; e coberta com tiras de massa, formando uma "cestinha". Mas o carmim não é bem a torta em si, mas o recheio. Então, para mim, a cor carmim é um recheio de torta. Mas, ao contrário de imaginar um recheio vermelho (já que carmim É vermelho), eu imagino um recheio meio amarelado, com consistência de geléia. Pronto, aí está o carmim.

Coisa estranha. Isso são cores, são tons! Por que imaginar tanta besteira? Elas, de fato, não existem. Mas o quê no Mundo existe? Uma cor não á algo palpável, não é algo que você possa encontrar quando sai por aí na rua.
Cores não são como peixes ou frutas. Você não pode dizer:
" - Olha! Um azul voando!"
Cor azul não. Coisas azuis podem voar, mas não uma cor. Então, por que imaginá-las? Por que imaginá-las com formas e texturas? E por que então, imaginá-las diferentes do que elas são? Por acaso, elas são?

Deixa de viagem, garota.
Até outra hora.

terça-feira, outubro 2

A Day in the Life

Olá, tudo bem?

É, fazia tempo que eu não começava uma postagem com uma saudação. Pra ser franca, acho que nunca comecei uma postagem com uma saudação. Que seja.

"Olá, tudo bem?"
É, comigo até que as coisas vão bem. Sabe, nada de "muitíssimo bem, obrigada", mas também nada como "é... vai indo".
Mas tudo está estranhamente calmo. Ou seria estranhamente tedioso?

A vida vai seguindo, sem nada de incrível ou de péssimo acontecendo. Apenas coisas normais, momentos normais, conversas normais...
Nada de excitante; nenhuma bomba à beira da explosão; nenhum mistério para desvendar; nenhuma aventura; nenhuma desgraça; nem mesmo um aviãozinho de papel pairando sobre o lago.

Não que eu esteja reclamando, sabe?! Isso é até bom.
Mas, às vezes, sente-se falta de algo maior. Uma situação inesperada, um susto, aquele arrepio na espinha, um sorriso tímido, borboletas no estômago ou até mesmo aquele "Oi" que você jurava que não veria em um mês.

Sabe quais são minhas preocupações atuais? A prova do meio do curso de inglês, a espera interminável pela tradução/chegada do Harry Potter e o motivo do meu computador não querer abrir as imagens das páginas da internet. E só. Até o fato de eu não conseguir comentar em blog nenhum passou. Na verdade, me conformei. Ficar gritando com o computador e fazendo tudo que é possível para arrumar não adiantou até ontem, não será hoje que irá funcionar. Cansei.

Também cansei das minhas mensagens subliminares. As que estão em seus devidos lugares, continuarão, mas não vou colocar mais nenhuma nova (por enquanto), em lugar nenhum. Elas, aparentemente, não surtem efeito algum. Vou continuar esperando, se alguma possível resposta-subliminar aparecer, quem sabe... Não, não vai aparecer. Só eu sou tola o suficiente pra continuar com isso. É, é a vida.

Então, o que fazer agora? "Ah, esperar terminar de baixar 'Noites Sem Fim' e ler".
Mas, e depois? O Depois, ninguém nunca pensa no depois. Palavra estranha, d-e-p-o-i-s. Uma palavra que indica o que vem a seguir, o resultado, os frutos que você irá colher depois. Será que depois de hoje, alguma coisa vai mudar? Eu rogo para que mude, mas se não mudar, tudo bem, também. Será só mais um dia na vida.