tag:blogger.com,1999:blog-36107757761798778862024-03-05T23:05:00.751-03:00Where is My Mind?BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.comBlogger47125tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-10423437588636022492011-09-18T22:02:00.000-03:002011-09-18T22:10:20.963-03:00Primeira VezAquele estava sendo um dia muito diferente. Não consegui assistir aos meus desenhos, nem pude brincar com meus brinquedos. Eu tive que ficar sentado em fileiras, prestando atenção em tudo o que a professora estava dizendo. E ela falava bastante, muita coisa eu nem entendia: falava de letras, umas famílias que eu nunca tinha ouvido falar antes, números... Era difícil me concentrar nela com tanta gente legal em volta pra poder brincar. <br />
Na verdade, ela também parecia ser legal. Mas só parecia, minha mãe é muito mais legal do que ela. E ela não era criança. Por mais que ela tentasse, ela nunca seria tão legal como uma criança. Eu acho que ela não sabe de nada, só finge saber uma porção de coisas, e fica aí falando sem parar, querendo que a gente preste atenção em todas as bobagens que ela fala. Aposto como ela não sabe nada de video-game, desenhos ou boas brincadeiras. <br />
Só que depois ela falou uma coisa que chamou minha atenção: pintar. Ah, eu adoro pintar! Aquela mulher, a professora, passou entregando um pedaço de papel e disse que teríamos que pintar só o que ela falasse. Isso tirou um pouco da graça, porque eu gosto de pintar tudo. Uma vez pintei o livro todo do meu pai de verde e azul, ficou lindo! Eu acho que meu pai não gostou muito, porque ele disse que aquilo não era coisa pra eu brincar, mas ficou muito bonito. Uma página azul, outra verde, depois azul, outra vez verde... Deu uma trabalheira danada, mas foi um excelente trabalho. Outra vez eu pintei a parede da sala com giz, bem colorido. Dessa vez quem não gostou foi a mamãe. Acho que ela teria gostado mais se eu tivesse feito um desenho dela no lugar.<br />
Bom, mas no papel que a professora entregou não tinha desenho, só tinha o meu nome escrito com uma letra gordinha. Eu já sabia ler o meu nome, só não sei como a professora sabia que esse era meu nome. Vai ver ela tinha algum superpoder especial e não quis contar pra gente. <br />
Depois que ela entregou pra todo mundo ela disse pra gente pegar o estojo de lápis de cor na mochila e pintar só a letra "A" do nome, porque essa era a letra que estava explicando aquele dia. Eu peguei meu estojo com cuidado, abri e senti aquele cheiro gostoso que só o lápis de cor pode ter. Escolhi o lápis azul, porque essa é a minha cor preferida, e olhei de novo pro papel. Quando eu fui começar a pintar lembrei do que a professora tinha acabado de falar. Eu sabia que no meu nome não tinha aquela letra, olhei de novo só para conferir e realmente não tinha nenhum "A" ali. Então eu não teria nada pra pintar.<br />
Coloquei o lápis de volta no estojo bem devagar, olhando pro pedaço de papel, bastante triste. Olhei em volta e todas as outras crianças estavam rabiscando o papel, felizes da vida. Voltei a olhar pro meu papel e fiquei lendo o meu nome vári...<br />
- Ei, psiu.<br />
Olhei pro lado e tinha uma garota me olhando. Ela tinha uns olhos bem bonitos, pareciam duas bolinhas de gude. As bolinhas de gude mais bonitas que eu já vi na minha vida, mais bonitas do que qualquer uma da minha coleção! Eu fiquei olhando pra ela, olhando mais pras bolinhas de gude que ela tinha no lugar dos olhos, e depois olhei pra boca. Ela estava sorrindo, e tinha um sorriso bem bonito, bem feliz, daqueles que dá vontade de sorrir também. Eu já estava começando a sorrir de ver aquele sorriso engraçado quando a boca da menina abriu e voltar a falar:<br />
- Oi, eu sou a Michelle.<br />
A garota dos olhos de bolinha de gude se chamava Michelle. Nome bem bonito, combina com o sorriso que dá vontade de sorrir e os olhos que dão vontade de brincar. Ela estava sorrindo de novo, e era tão bonito ver essa menina Michelle sorrir! Mas ela já estava abrindo a boca de novo para dizer mais alguma coisa:<br />
- Acho que você não precisa ficar triste, no meu nome também não tem nenhuma letra "A".<br />
Mais um sorriso sorridente apareceu na boca da menina, e dessa vez eu consegui sorrir também, olhando dentro daquelas duas bolinhas verdes de gude.<br />
Não tinha motivos pra ficar triste, no nome dela também não tinha a letra "A".BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-18691050020973952512011-05-06T22:36:00.001-03:002011-05-06T22:42:57.151-03:00SóMaria era parecida com Ana, que era amiga de Mariana e andava com Joana, filha daquela Beltrana sem lenço e sem documento, enterrada na vala 426, nunca visitada por ninguém.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-70117153553911601252010-02-12T14:40:00.002-02:002010-02-12T14:43:47.952-02:00InterlúdioAcontece que naquele dia eu comecei com as colheres. E eu nunca começo com elas.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-65531233284985768832010-02-02T19:54:00.013-02:002010-02-03T14:29:01.850-02:004 in the MorningO visor luminoso do relógio no meu quarto dizia que já passava das 4h. Se o sono não tinha aparecido até agora, não seria nas próximas horas que ele daria o ar da graça.<br /><br />Sentei na cama e coloquei um cigarro na boca. Tive um namorado que dizia "isso ainda vai te matar um dia". Ri comigo mesma lembrando dele. Engraçado que sempre fomos muito opostos, e ele nem sequer fazia o meu tipo. Na verdade, nem lembro como tudo começou. Lembro de como terminou. Acabou com um recado na geladeira dando adeus, dizendo que caminhávamos em trilhas diferentes, embora paralelas. E que o caminho dele agora dobrava a esquerda. Ele sempre foi meio comunista, mesmo.<br /><br />Acendi o cigarro e dei uma tragada. Fiquei sem ter notícias dele durante um bom tempo, o rapaz simplismente sumiu. Alguns anos depois, vendo TV, mostrou um conflito entre a polícia e uns manifestantes. Foi tenso, bastante pancadaria, tiros, vários feridos e uns dois ou três mortos. Quando mostraram as fotos das vítimas no noticiário, imediatamente o reconheci: estava um pouco envelhecido, com o cabelo mais comprido, a mesma expressão lunática e encantadora, os mesmos olhos intrigantes. Acho que foi isso que fez com que eu me apaixonasse por ele; aqueles grandes olhos profundos que sempre me deixavam sem reação, sem ter para onde correr.<br />Irônico o fato dele ter morrido antes, sem nunca ter se entupido de nicotina ou bebido demais, levando uma vida politicamente correta e cheia de ideiais. Os seus ideias é que acabaram levando você pro caixão, meu querido. Acho que às vezes sinto a sua falta.<br /><br />Levantei e fui abrir a janela. A cidade não silenciava nem a essa hora da manhã. Minha mãe dizia que eu jamais me acostumaria com tanto barulho, com tanto trânsito, tanta gente. Confesso que às vezes eu gostaria de acordar bem longe daqui, num lugar em que ninguém me conhecesse, onde não houvesse tanto barulho, com menos gente... Mas logo em seguida eu lembro o quão tediante seria e eu agradeço o dia em que eu parei de dar ouvidos a ela e segui meu caminho, mesmo que isso tenha me custado alguns anos de silêncio.<br />O preço da liberdade, eu diria. Nada vem de graça.<br /><br />Olhei pro quarto e vi a quantidade de coisas desnecessárias que eu acumulei em poucos anos. Pilhas de revistas em um canto, livros mal organizados na estante, um quadro levemente torto na parede, uma escrivaninha entupida de papéis, alguns CDs, post its colados na parede... Aproximei-me para ler alguns, e em um deles estava anotado o endereço de uma festa que eu fui convidada para ir há mais de um ano. Lembro-me com clareza daquele dia. Preferia não lembrar, preferia não ter ido.<br />O post it poderia ter descolado da parede, voado para debaixo da cama. Então não saberia como chegar no lugar, acabaria ficando em casa assistindo a "Uma Linda Mulher" com pipoca e sorvete, teria ido para cama cedo, tido alguns sonhos sem sentido dos quais não lembraria na manhã seguinte e acordaria em mais um sábado como tantos outros.<br />Mas nada disso aconteceu.<br /><br />Amassei aquele pequeno papel amarelo e joguei no lixo, que ainda estava vazio. Olhei pro computador e percebi que ainda estava ligado, baixando algumas coisas. Dois emails recebidos, mas só um importante. De um amigo que não via há muito tempo, mas que sempre estivera presente nos momentos cruciais da minha vida. Inclusive naquela festa. Ele dizia que estava bem, que sentia saudades, que deveríamos marcar alguma coisa qualquer dia desses. Engraçado que todos ficamos de marcar "alguma coisa qualquer dia desses", mas esse dia raramente chega. A maioria das pessoas diz isso mais por educação do que por vontade de marcar "alguma coisa qualquer dia desses", só que com ele era diferente. Nós realmente marcaríamos "alguma coisa qualquer dia desses". Também sentia saudades dele; responderia com efeito amanhã de manhã.<br /><br />Cocei a cabeça e fui para a cozinha. Acendi a luz, o gato abriu o olho pra ver quem era, mas voltou a dormir logo em seguida. Essa era a minha companhia diária, um gato chamado Lucifer Sam, que sempre fugia quando eu colocava Floyd pra tocar. A geladeira estava cheia de restos, meio pudim e uma caixa de leite. Copos para serem lavados na pia e um prato do jantar ainda descansava na mesa. Raios de sol já entravam pela janela, definitivamente estava tarde. Ou cedo. Depende do ponto de vista. Entretanto, não havia com o que me preocupar. Essa é uma das melhores vantagens de se trabalhar em casa.<br />O café da cafeteira estava frio, joguei fora e comecei a preparar um novo. Não há nada melhor do que café recém feito. Aliás, não há nada melhor do que café.<br /><br />O sono, realmente, não apareceu. Enfim, um novo dia começa.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-54316633531939851142010-01-19T19:03:00.007-02:002010-01-25T20:06:05.586-02:00InvariávelEu sei que vocês, digníssimos leitores, estão com saudades de minhas palavras. Para ser franca, também estou com saudades. De escrever e de ler o que vocês tem a dizer (mesmo que muitos passem e nem deixem sinal de que vieram).<br />Mas sabe o que tem me impedido de vir aqui, sentar e redigir minhas humildes palavras? O mesmo. Sim, o mesmo. Toda vez que eu tento escrever algo, é sempre <em>mais do mesmo. </em>Às vezes até consigo fazer o mesmo sob um ponto de vista diferente, mas ainda é o mesmo.<br /><br /><br />Talvez seja a monotonia, a rotina, o tédio. Tudo pode ser a resposta. Tudo <em>é</em> a resposta.<br />E sabe o que é mais curioso? É que eu gosto da mesmice. Pelo menos dessa mesmice, que me obriga a escrever sempre do mesmo assunto, a ir e voltar sem sair do lugar, a imaginar muitas coisas que sempre acabam num lugar comum.<br />Nessas horas você percebe que pode ser mais de uma pessoa num único corpo, e que dois formando um é ainda melhor; que deitar e não dormir pode ser mais reconfortante do que horas de sono cheios de sonhos vazios.<br />Mas sonhos preenchidos tem um poder inimaginável, mesmo sendo só sonhos. E quem foi que desacretidou no poder dos sonhos? Sonhos jamais serão "só sonhos". São sonhos. <em>E sonho sonhado junto é realidade</em>.<br /><br />Poderia sim compartilhar tal mesmice com vocês, prezados leitores, mas não creio que fosse ser do agrado da maioria. Na verdade, nem sei se da minoria. Tanto faz. Creio que a minoria já saiba (ou tenha uma vaga ideia) do que falo. E a maioria pode fantasiar à vontade com aquilo que mais lhe agradar.<br /><br />Portanto, encerro por aqui.<br />Bons sonhos.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-13381819186997493202009-09-26T18:51:00.009-03:002009-09-27T15:53:22.777-03:00Ato 1E nos abraçamos.<br /><br />Fora o abraço mais nervoso e sincero e ansioso e intenso e aconchegante e ávido que já recebera.<br />E que já dera.<br />E que já acontecera em toda a História.<br /><br />Nervoso, pois nenhum dos dois sabia exatamente o que esperar.<br />Sincero, pois não havia nada mais puro no mundo do que aquele sentimento.<br />Ansioso, pois houvera tamanha espera que não caberia na metragem convencional do tempo.<br />Intenso, pois o momento em que os dois corpos encontraram-se fora como uma descarga elétrica de incontáveis volts.<br />Aconchegante, pois cada um encontrava no outro a simetria perfeita de seus corpos e o calor necessário para mantê-los aquecidos por todo o inverno.<br />Ávido, pois tanto ele quanto ela desejavam-se secretamente, com anseios e ardências, numa vontade de nunca livrarem-se do enlace cheio de prazeres <em>et de la dèbauche</em> que se encontravam.<br /><br />Sabiam que isso nunca aconteceria novamente.<br />Ela sabia. Ele sabia.<br />Cada instante é unico e imutável.<br /><br />E aquele momento presente, que tão logo se fizera passado, ficou eternizado em suas memórias e gravado para sempre no tempo. Jamais perdido, jamais esquecido. Intocável.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-13030824119909492282009-08-07T20:18:00.007-03:002009-08-08T20:50:04.414-03:00A Arte da DesatençãoSabe que quando você está adiantado, tudo acontece e acaba te atrasando, né? Já cansei de ouvir a minha mãe falando <em>"poxa vida, só porque eu estava adiantada hoje, tua tia ligou e me segurou um tempão no telefone, depois a vizinha tocou aqui e me contou sobre a vida de todo mundo, sem contar que o gás acabou..."</em><br /><br />Então, meus horários bizarros e instáveis do serviço sempre acabam gerando algum atrito com outros horários meus, mas isso já virou rotina. E, claro, hoje não poderia ser diferente.<br />Iria sair às 16h15 e tinha dentista marcado pras 17h30. Beleza. Acontece que pra chegar lá eu costumo levar, no máximo, 15 minutos, então eu tava bem relaxada com isso. Teria que esperar um bocado até ser atendida (e justo hoje eu esqueci de colocar um livro na mochila pra passar o tempo mais rápido), mas tudo bem. Detalhe que meu horário foi mudado pras 17h30 porque um outro dia eu cheguei quase meia hora atrasada (maldito ônibus que se recusou a passar naquele dia! Mas também, era uma coisa meio ninja: eu estava saindo às 16h45 pra consulta que era 15 minutos depois), mas isso não é relevante.<br /><br />Voltando ao dia de hoje, deu as 16h15 mas eu não estava muito animada a sair e ficar um tempão esperando sem fazer nada. Decidi terminar umas coisa por lá até umas 16h30 pra depois ir embora. Continuava cedo - bem cedo - só que seria mais proveitoso dar umas voltas em algum lugar do que continuar por lá.<br />Pois bem, saí e fui para o ponto de ônibus. Milagre que passaram uns 5 ou 7 ônibus seguidos, só que nenhum me servia. Estranho porque de, sei lá, 10 linhas de ônibus que passam lá, umas 4 me serviriam e as outras iriam para lugares bem distintos. Esperei, esperei mais um pouquinho até que passou um lá com o letreiro que eu esperava. Dei sinal, subi, sentei e desliguei da vida.<br />Vira uma rua aqui, vira outra ali, sobe ladeira... O caminho que costumava ser rápido começou a demorar e, o pior, eu não reconhecia nada! Não que isso seja muita novidade, eu sou uma completa perdida, total turista no meu próprio bairro (embora aquele não fosse o <em>meu </em>bairro, mas não justifica), mas pelo menos uma loja ou outra, um ponto de referência aqui outro ali eu reconheço. Até que finalmente eu levantei e fui falar com o cobrador:<br />- Amigo, esse ônibus aqui não vai pro Tucuruvi não, né? - porque a essa altura eu já tinha certeza que estava no ônibus errado.<br />Nem preciso dizer que ele quase riu da minha cara. Pelo menos ele foi bem prestativo (embora tenha dado uma boa ênfase na parte de dizer que eu estava indo pro completo oposto) "mas se você precisa ir pro metrô, pode continuar nesse que vai pro Metro Belém", mas acontece que eu precisava ir para o Tucuruvi em si, e não pro metrô. E detalhe que o Belém fica aqui, o Tucuruvi fica lááááá do outro lado. E então, ele foi me salvando "faz assim, você desce no próximo ponto, atravessa a rua e pega o ônibus XY-777; aí você desce na rua Pompeu Pompilho Pomposo e pega o ônibus Z-044 que aí sim você chega no Tucuruvi" e ainda falou pro motorista "companheiro, abri aqui pra mocinha descer" e repetiua s instruções "olha, naquele ponto ali, em frente a padaria, você pega o XY-777, desce na Pompeu Pompilho Pomposo e depois pega o Z-044" e lá fui eu, esperar o XY-777 em frente da padaria.<br />Detalhe que estava aquele maldito sol de fim de tarde, eu toda de preto e com blusa de manga comprida (maldito uniforme!), parada num ponto de ônibus que ficava em frente de uma padaria, repleta de bêbados, do lado de um carrinho de churrsco com a melhor carne de gato siamês. Sorte que o tal ônibus não demorou a passar, mas pra minha sorte, estava mais cheio do que o inferno.<br /><br />E vou aproveitar pra reclamar mais uma vez dos malditos microonibus. Aquilo é a pior invenção dos últimos tempos, cara! Não cabe nem metade das pessoas que caberiam num ônibus comum, e parece que cada dia que passa mais ônibus são substituídos por suas versões em miniatura. Foda que agora também proibiram os fretados de circular, daí já viu.<br /><br />Subi no microcoletivo, perguntei pro motorista logo de cara "passa na Pompeu Pompilho Pomposo?" "passa, mas só dois pontos". Tudo bem, o que importa é que passa e essa rua eu conhecia. De nome, mas conhecia.<br />E lá fui, prestando bastante atenção em todas as placas (pelo menos isso...) e foi aí que eu me dei conta de como eu estava longe.<br /><br />Se o cobrador daquele primeiro ônibus (que era um microonibus também. Tô dizendo, isso tá virando praga!) estiver lendo agora, valeu mesmo pela ajuda. Acho que eu estaria perdidona até agora sem a sua ajuda.<br />Vira aqui, vira ali e finalmente cheguei na Pompeu Pompilho Pomposo. Dei o sinal e desci. Pra minha quase total surpresa, eu continuava sem ter a menor ideia de onde estava. A única diferença é que eu sabia o nome da rua e sabia que a avenida que eu conhecia ficava perto dela (só falta saber a direção). Fui até um estabelecimento (que eu não consegui identificar se era uma papelaria vazia, um lugar pra tirar xerox, uma delegacia disfarçada ou o quê) e perguntei pra mulher como eu chegava na tal rua que eu conhecia, porque de lá eu saberia me orientar e, claro, eu já tinha esquecido qual era o ônibus que o cobrador tinha dito pra eu pegar. "Olha, você pode ir por dois caminhos..." aí já complicou, porque certamente ela explicaria os dois, eu escolheria um, esqueceria do resto da explicação quando eu estivesse na metade do caminho e iria parar em outra cidade. Então já perguntei logo o que me interessava "tem algum ônibus que vai pro Tucuruvi?" "você quer ir pra onde, afinal?", agora a coitada já estava confusa achando que eu sofria de algum distúrbio mental. Dei uma explicada rápida pra moça, que me indicou o que fazer "naquele ponto ali passam dois ônibus que vão pra lá. Um paára em frente do metrô, o outro na rua de cima. O que para em frente é o WW0, o outro é o..." "não, não, só esse tá bom. Porque se eu pegar o outro é bem capaz de eu me perder outra vez, e aí já viu... Hehe, brigada, moça".<br />Mal cheguei no ponto, o tal do WW0 parou e eu subi. Dessa vez, me certifiquei de olhar a plaquinha informativa do lado de fora antes de entrar, e agradeci imensamente o fato de hoje em dia termos Bilhete Único, que te permite circular por duas horas sem pagar uma nova passagem. Imagine se isso tivesse sido na época dos passes de papel...<br />Desce rua, cruza semáforo e finalmente eu reconhecia o lugar. Dei tantas voltas pra chegar no mesmo ponto em que tudo tinha começado, e só então comecei a tomar o caminho que deveria ter pego há quase uma hora atrás.<br />De super adiantada passei para em cima de hora. Se mais algo desse errado, estaria uber atrasada.<br />Sorte que todos os ônibus passaram rápido, mal chegava no ponto ele já virava a esquina. Se eles resolvessem demorar, tava na merda, certeza.<br /><br />Felizmente, cheguei na destinação final. Atravessei o metrô por dentro, só pra cortar caminho, atravessei a rua, depois a outra e cheguei. Olhei no relógio e ainda consegui estar cinco minutos adiantada.<br /><br />Na volta, conferi várias vezes se estava no ônibus certo (ainda mais que passam dois com o número igual mas com nomes diferentes, e que um faz o caminho de ida e o outro de volta, mas cruzam exatamente nesse ponto), e cheguei em casa tranquilamente.<br />Curioso que na ida, com todos esses eventos, o percurso foi mais rápido do que na volta.<br />É por isso e por tantas outras que prefiro o metrô.<br /><br />E que maldito trânsito!BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-48181143790373815202009-07-31T19:03:00.004-03:002009-07-31T21:38:17.148-03:00GoPessoas são complicadas. Muito.<br /><br /><br />Sério, eu não faço questão de ter centenas de amigos, de ser a pessoa mais sociável e popular do pedaço, agradar todo mundo e viver sorrindo. Não.<br /><br /><br />Confesso que sou fechada, odeio pessoas pentelhando a minha vida e querendo se intrometer. Odeio.<br /><br /><br />Sendo assim, qualquer pessoa com um pingo de bom senso saberia manter uma distância saudável. Aliás, qualquer ser pensante não acha que é seu amigo só porque passa algumas horas com você. E daí começar a querer dar conselhos (ou melhor dizendo, querer impor certos pensamentos) que não foram solicitados, opinar acerca de tudo e mais um pouco na sua vida já é demais.<br />Se nem pessoas que eu conheço há eras tem essa liberdade... Entretanto, esse lance de tempo de convivência <em>vs </em>tempo de confiança é bem relativo. Pessoas com as quais eu convivo há bastante tempo não são consideradas, por mim, dignos de confiança; enquanto outras que com apenas duas conversas descontraídas já se tornaram bastante íntimas.<br />(observação - "duas conversas" é exagero, mas nem tanto assim)<br />Logo, "não fale quando não for solicitado" deveria ser regra básica, lição de etiqueta número 1. E o pior é quando as pessoas se dóem todas quando recebem uma resposta adequada.<br /><br /><br />Lição 1 do post de hoje: Assista Chaves. E mais do que isso, absorva as lições valiosas que eles ensinam. O "fala o que quer, houve o que não quer" que a Chiquinha recebe de seu pai deveria ser lema de todo ser humano.<br /><br /><br />Outra coisa que simplismente me causa ânsias é a falsidade excessiva das pessoas. Note: ex-ces-si-va. Não serei hipócrita a ponto de dizer que nunca fui falsa vez ou outra na vida, até porque, ser 100% sincero é quase o mesmo que pedir pra ser linchado. Mas o ponto aqui é que esse negócio todo passa dos limites! Mas também, se for parar pra analisar, merda por merda, estamos todos sujos. Então, não há o que justificar.<br /><br /><br />Por que não nos calamos todos de vez em quando? Veja, temos dois ouvidos e uma boca. Conclui-se que fomos feitos para ouvir mais do que falar. O silêncio é sublime, encantador. Não estrague isso com palavras estúpidas, perguntas babacas e comentários infundados.<br /><br /><br />Lição 2: Ouça "Gilmarley Song"<br /><br /><br />E sabe de outra coisa? Vá viver sua vida. Ela é sua, só sua. Desencane do que os outros pensam, da opinião alheia e o melhor conselho que eu posso te dar é que quem se preocupa demais com o pensamento dos outros a seu respeito só se desgasta e nunca agrada. Saiba que a coisa mais importante do mundo pra você é você mesmo - mas não vá começar a se achar o Senhor do Universo ou Lady Galáxia - e que nada nem ninguém te compreende melhor do que você mesmo.<br /><br /><br />O vizinho é muito chato? Mande-o pra puta que pariu e saia assobiando.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-84962114072349229402009-06-11T13:47:00.003-03:002009-06-11T14:13:11.542-03:00E vejo flores em você<span style="font-style: italic;">"Você tem na força dos dedos o fogo da palavra certeira que fere e cura os corações dos poetas. Escreva sempre e devore a vida nas palavras. Você já penetrou no mundo das palavras - agora só falta encará-las em pose de prece."<br /><br /><span style="font-style: italic;"></span></span>O professor de Língua Portuguesa I pediu para que fizéssemos uma redação comentando o primeiro semestre de aulas: o que foi bom, o que não foi, o que poderia melhorar...<br />Na real, eu fugi um pouco dessa proposta dele, mas coloquei a minha opinião e meus comentários a respeito do primeiro semestre mesmo assim, só que de uma forma mais "cibelística". Quando ele devolveu, tinha esse comentário dele.<br />Gostei e quis partilhar.<br /><span style="font-style: italic;"></span>BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-747793340606816922009-04-14T11:36:00.006-03:002009-04-14T11:57:14.985-03:00Preciso me organizarPreciso muito, muito mesmo de uma organização.<br /><br />Arrumar este blog, excluir uma série de e-mails inúteis (na verdade, preciso cancelar a assinatura de vários newsletters e parar com a minha mania obsessiva de assiná-los), dar uma geral no Orkut, atualizar os outros sites de relacionamentos (outra mania obsessiva) que eu participo e linkar um no outro. Ah, também não posso esquecer de visitar os fóruns que eu prometi que entraria.<br /><br />Além da vida offline que eu vivo (vivo?), em que eu preciso arrumar minhas gavetas (nem sei mais aonde eu posso achar minhas meias, já que elas nunca estão na gaveta certa), estudar (a nota da prova chata de segunda passada foi pior do que eu esperava. Palmas para minha falta de responsabilidade. E palmas para a professora desorganizada que, provavelmente, vai foder com o meu segundo bimestre), estudar mais, fazer todas as atividades extras que eu ainda nem comecei (preguiçosa!) deixar a preguiça de lado e retomar o Francês (okay, começar o Francês, já que até hoje eu não terminai aquela primeira aula do Live Mocha. Mas já aprendi a dizer que Je suis une femme, ou mieux, une fille), colocar em prática o que eu só fico planejando (mesmo que o meu prazo seja até o dia 31/12, se não começar agora, nunca terminarei a tempo)... Tá, mas essa parte pode dividir-se em dois (mas não uma metade igual, então não seria uma metade, mas apenas um pedaço) e, uma parte eu realizo, a outra continua esperando.<br /><br />E ler. Preciso ler o que eu quero e o que eu devo, os livros que eu já comprei e aquilo tudo o que eu já baixei. A minha lista de "Futuras Leituras" só cresce, enquanto que a "Leituras Atuais" continua estacionada. Muito feio.<br /><br />Acho que irei começar uma lista em um bloquinho, andar com ele pra cima e pra baixo e fazer tudo o que eu preciso.<br /><br />...<br /><br />Tá, eu sei que não farei isso. Mas é uma ideia (agora sem acento, né moçada)<br /><br />Ai ai, so many to do, so little time.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-76720928501466767962009-01-21T21:08:00.003-02:002009-01-21T21:52:09.364-02:00Rascunhos<span style="font-style: italic;">Acho que deveria ser proibido postar merdas e coisas absurdamente estúpidas em blogs. Já que não é, vou contrariar minha própria idéia e partir para um post inútil que não acrescentará nada a sua vida. Então, recomendo que você vá fazer qualquer outra coisa a partir de agora, beijos.</span><br /><span style="font-style: italic;">Se não tem mesmo o que fazer, então, go ahead. Só não se arrependa de ter gasto minutos preciosos aqui.</span><br /><br /><div style="text-align: center; font-style: italic;">***<br /><br /><div style="text-align: left;">Às vezes, quando estou estou de bobeira na internet e começo a pesquisar bobagens - vício, mais um vício - no Google, eu acabo caindo em algum blog aleatório. É legal ficar lendo o ponto de vista das pessoas, besteirinhas, descrições exaustivas de um grande dia ou até um guia sobre o que (deixar de) fazer em alguma situação vivenciada pelo sujeito.<br />E acaba que quando eu me dou conta, já tô imaginando longos diálogos entre o tal dono do blog e eu. E o pior, uma paixão repentina pelo sujeito.<br /><br />Então temos um novo dia, e ouvindo uma música com mais atenção, eu acabo ficando bobinha com a letra. Ouço mais uma vez. Outra. Pronto, já me apaixonei pelo cara que a compôs.<br /><br />Uma frase genial na camiseta de alguém no meio da rua ou um bom livro e pronto. Mais uma paixão platônica repentina.<br /><br />Seria uma louca obsessão por caras que escrevem bem? Por magos das palavras? Po<br /><br /><div style="text-align: center;">***<br /><br /><div style="text-align: left;">(...)Outra coisa dispensável é a minha falta de talento para trabalhos manuais. E o pior é que em tantos anos de vida eu ainda não entendi isso. Tão mais fácil comprar algo pronto, bonito e bem feito. Te poupa trabalho e não corre o risco de ficar o oposto do planejado. Mas não, a espertona aqui adora bancar a criativa auto-suficiente e só consegue estragar as coisas. E é estragar mesmo, muito bem estragadinho. Pronto, acho que descobri algo na qual eu sou boa: estragar coisas. (...)<br /><br /><div style="text-align: center;">***<br /><br /><div style="text-align: left;"><br />Saca microônibus? Aquela coisa que cabe, no máximo, umas 18 pessoas, mas muito motorista sem noção adora colocar no mínimo 50? Então, é a pior invenção do mundo.<br />Agora, sabe velhinha folgada? Segunda pior invenção do mundo.<br />Junte os dois e você terá um começo de manhã delicioso. É claro, imagine também que você está em pé, muito mal equilibrado e esmagado, quase sem ter aonde se segurar, e levando em consideração que o supracitado microônibus é daqueles que só possuem uma porta - e todas as 50 pessoas ficam amontoadas na frente - e que a simpática velhinha resolveu levar o "pegar o bonde andando e querer sentar na janelinha" ao pé da letra.<br /><br />Sabe outra coisa irritante? Trabalho do tipo Missão Impossível. Tudo bem que, vez ou outra, um professor queira inovar e pedir um trabalho diferente e/ou um pouco mais elaborado. Uma coisa de gente, não um mísero Ctrl-C + Ctrl-V que estamos acostumados. Mas agora querer um trabalho super-hiper-mega-master-blaster-plus-high-fucking-advanced sem ter dado nenhuma base de estudo é um tanto, como eu poderia dizer... difícil. Acho que os professores deveriam fazer o trabalho antes de pedi-lo aos alunos.<br /><br />Outra coisa que eu odeio é a internet. Bom, na verdade é uma relação de amor e ódio, muito bem (des)equilibrada. Às vezes esse veículo de informação pode ser a pior coisa do mundo, principalmente quando você acaba dependendo muito dela. Bom, não dela em si. Quero dizer, <em>é</em> dela sim. Quer saber? Deixa pra lá.<br />Eu deveria mesmo era estar desenvolvendo alguma habilidade enquanto eu gasto meu tempo redigindo esse post. Eu sempre fico com aquele pensa<br /><br /><div style="text-align: center;">***<br /><br /></div></div></div></div></div></div></div>Um punhado de rascunhos que estavam esquecidos aqui, acumulando poeira. Sem sentido e sem final. Rascunhos.<br /><br />P.S.: Os posts que eu já comentei em algum lugar, ou com alguém, que eu iria fazer, virão. Um dia.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-51104853726956806702008-12-29T15:23:00.002-02:002008-12-29T15:29:34.245-02:00The EndE finalmente, acabou.<br />Não sei se 2008 foi tão chato para vocês como foi, no geral, para mim. Mas isso é assunto pro post seguinte.<br /><br />E aí, quais são suas mandingas de final de ano? Não esqueça de preencher todos os seus bolsos com dinheiro e a primeira pessoa que você deverá abraçar à meia-noite tem que ser do sexo oposto; guarde uma folha de louro e as sementes de uva (que eu não lembro se são 7 sementes ou se são sete uvas. Mas o que interessa é que são sete desejos e, na dúvida, faça as duas) na carteira durante o decorrer do ano. Ah, não esqueça das lentilhas!<br />E seja feliz.<br /><br />Feliz ano novo, pessoas. Até 2009.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-8505010722607989312008-12-10T17:15:00.005-02:002008-12-10T17:51:30.821-02:00Pontapé InicialTudo precisa de um começo.<br />Seja uma troca de olhares, um simples "oi", o título ou apertar o <span style="font-style: italic;">play</span>. Ou ainda como intitula esta postagem, o pontapé inicial antes de uma partida.<br />E é exatamente isso que tem me faltado para postar: o pontapé incial. Muitas vezes eu até tenho uma coisa em mente para escrever aqui, ou me surpreendo perdida em pensamentos que renderia um post... Mas acabo sempre me dando conta de que o que está faltando é início.<br /><br />Por onde começar, como fazer, todas essas coisas simples e fundamentais. Sem dizer ainda das vezes que eu comecei (até que bem) e me perdi num meio sem final. Isso sim é frustrante.<br />Olhando agora para a página de edição de postagens eu percebi como eu faço rascunhos! A grande maioria é lixo, alguns até tem uma parte ou outra aproveitável e outros que precisam apenas de uma lapidada para serem publicados.<br /><br />Outro grande problema nesse tempo todo sem postar é que eu acabo falando demais. Sério, a minha boca deveria ter o triplo do tamanho de tanto que eu falo. E nem estou dizendo do fato de falar 156461 palavras por minuto (pra ajudar, eu falo rápido e preciso repetir a mesma frase, no mínimo, três vezes. Mas não sou eu que falo rápido! Como eu já cansei de dizer, são as pessoas no geral que possuem um raciocínio lento e, se eu falar mais devagar pra essas pessoas me entenderem de primeira, eu acabo esquecendo do desfecho da frase e perdendo o meu raciocínio. É um problema estar à frente do meu tempo), estou me referindo ao fato d efalar mais do que deveria. Sabe, sempre acabo deixando escapar <span style="font-style: italic;">aquilo</span> que deveria ser um Segredo de Estado. E o pior é que nem é fofoca ou coisa assim. São coisas minhas, que deveriam estar guardadas no mais profundo subsolo interior de mim mesma (?). Então acho melhor mudar o rumo da conversa (conversa? Isso é um monólogo, isso sim) antes que eu fale alguma besteira.<br /><br />(...)<br /><br />Legal, uma aranha gigante e monstruosa apareceu aqui e quis me devorar, no maior estilo Lullaby do The Cure. Mentira, era uma daquelas aranhinhas pequenas, pretinhas e branquinhas que todos falam "ah, elas não fazem nada, fica calma", mas eu acho que elas são seres repugnantes e me deixam estática e com medo. Tanto as grandes como essas menores, "inofensivas". Inofensivas, sei... Elas têm 8 patas! Aranhas são horrorosas e eu só não saio correndo daqui porque preciso terminar essa postagem antes que eu desista como fiz várias vezes. Consegui espantá-la com a régua e agora só preciso voltar para onde eu estava antes da intrusa aparecer (Mas socorro! Ela está voltando e<br /><br />(...)<br /><br />Bom, ela voltou e pulou na tela do micro. Nem preciso dizer que saltei da cadeira e chamei minha mãe pra me socorrer. Aquilo que eu havia dito antes sobre ficar e terminar a postagem era besteira. Primeiro eu sobrevivo, depois eu penso em escrever algo.<br />E, droga, a aranha (que segunda minha mãe "é bebêzinha e não faz nada") conseguiu fazer com que eu me perdesse na história e me fará voltar ao princípio de tudo, que era não ter um começo. Bom, mas eu tive um começo, só me perdi do meio pro final, o que é - se não me falha a memória - o segundo problema que eu venho tendo com postagens. Sem dizer que o fato de ter sido interrompida por ela me fez perder a linha de raciocínio, o que remete ao que eu disse sobre tentar falar devagar e me perder no final.<br /><br />Sendo assim, acho que o infortúnio da aranha ter aparecido nem foi tão ruim assim. Fez com que tudo se encaixasse e tivesse um final, de certo modo, lógico.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-21514506793854305412008-10-12T12:40:00.002-03:002008-10-12T13:03:27.125-03:00Truth BoxDentre vários aplicativos estúpidos do Orkut, encontrei um que além de estúpido é divertido.<br /><br />A tal da <a href="http://www.orkut.com.br/Main#AppInfo.aspx?appId=751275171894">Truth Box</a> é, como o próprio nome sugere, uma Caixa da Verdade. Tu aplica ele no seu profile e pronto, está sujeito a receber mensagens anônimas de todo mundo!<br />Pro negócio andar mais rápido, existe um espaço do lado direito que mostra as fotos das pessoas que deixaram recados recentemente na caixa de alguém. Você acaba clicando em alguma das fotos que por algum motivo chamou a sua atenção e deixa uma mensagem. Com isso, tua foto aparece naquele espaço e aí é só esperar para ouvir as verdades.<br />Até agora - apliquei o negócio ontem à noite - só recebi umas bobeirinhas falando do cabelo angelical e diferente (algo me diz que o fato da minha foto ser o meu cabelo tem algo a ver com isso xD) além de umas cantadas bem podres, como "Me joooga no google e me chama de pesquiisa!" ou "Se na reencarnaçao vc nascer formiga... ...eu quero nascer um pacote de balas... hahahaha". Ah, teve uma feliz também que pediu pra eu olhar pra frente porque ela queria me ver.<br />Mas se foi realmente el<span style="font-weight:bold;">a</span> ou se foi el<span style="font-weight:bold;">e</span>, eu não sei. Do lado da mensagem aparece um símbolo de feminino se foi uma mulher, o de masculino se foi um homem e uma interrogação se a pessoa não tiver a caixa (porque é possível deixar recados anônimos pras pessoas que têm a caixa mesmo que você não tenha). Mas eu tava lendo em alguma comunidade sobre pessoas que testaram e deu errado. Mulher postava e aparecia o símbolo de masculino e vice-versa. Mas isso é o de menos.<br /><br />E é incrível como você encontra pessoas... peculiares. Sério, algumas dão medo. Teve uma mulher ontem que eu jurava ser fake, mas não era. Além de uma caralhada de crianças no Orkut (aposto como a mãe não sabe que eles estão lá) que nem aprenderam a escrever. <br />E como o sigilo é garantido, a diversão também é. Dá até pra puxar um papinho anônimo, já que você pode responder às verdades.<br /><br />Não dou uma semana pra eu enjoar disso e tirar fora, mas até lá, dá pra dar umas garagalhadas com os comentários e com as pessoas estranhas.<br />Au revoir.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-45502522410632201442008-10-04T19:10:00.000-03:002008-10-04T19:12:16.815-03:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaUZwXDgJfo83-NnPDySmTl89TQiTik0HXCByC_PpVY-Aa0G-69Tt8_FLqgtMyX8oGJMngPnSuXFLL1a3V2u_s-m9CPhMLAFrApmJREOnsh-gz0Se8ijEty_7A4ErBmbguvhodEyppVDdQ/s1600-h/pro+domingo.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaUZwXDgJfo83-NnPDySmTl89TQiTik0HXCByC_PpVY-Aa0G-69Tt8_FLqgtMyX8oGJMngPnSuXFLL1a3V2u_s-m9CPhMLAFrApmJREOnsh-gz0Se8ijEty_7A4ErBmbguvhodEyppVDdQ/s400/pro+domingo.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5253424896289681234" /></a><br /><br /><br />Por isso eu escolhi não votar nessas eleições.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-30639659284578400162008-08-27T14:49:00.003-03:002008-08-27T15:58:33.371-03:00Sem título.Depois de ficar devendo praticamente uma loja de doces <em>cofexageradacof</em>, retorno parar falar sobre absolutamente... Nada!<br />Sim, isso mesmo. Sobre nada.<br /><br />Na verdade, não é que seja um nada, mas é que também não é sobre tudo. Ou melhor dizendo, nada em específico. Porque o nada, nada mesmo não seria nada e não teria o porquê de estar aqui, não é mesmo?<br /><br />Muito bem, partindo do princípio do nada... Ou seria mais divertido começar do meio? A propósito, o nada tem começo, meio e fim? Porque até onde eu saiba, nada é nada e não tem nada. Uau, que repetição confusa de nadas. E toda essa repetição me lembrou de um problema comum (ao menos eu acho que é comum, porque várias pessoas sofrem desse mesmo... Problema? Loucura? Crise morfológica existencial?) que eu tenho desde que aprendi a falar. Bom, não sei exatamente quanto tempo faz isso, e não sei se isso começou quando eu comecei a falar ou se foi quando eu comecei a prestar atenção no que eu falo (Hahaha, e desde quando eu presto atenção no que falo? Que mentira deslavada. Eu abro a boca e as palavras começam a sair descontroladamente, e quando me dou conta, já falei até o que não deveria. Mas, deixemos isso de lado.). Enfim, o lance é que quando você repete a mesma palavra várias e várias vezes ela simplismente perde o significado!<br />Você fala a palavra e é como se não a conhecesse mais, como se fosse uma língua diferente ou algo assim. É bem estranho, e quando eu era mais nova adorava fazer isso. Era uma loucura total, dava um barato desgraçado. A minha preferida era "catchup". Ficava repetindo sem parar, em vários tons diferentes até que finalmente ela perdia o sentido e eu achava aquilo o máximo. Ficava rindo e repetindo a palavra sem entender, sabe? Incrível.<br />Às vezes eu exagerava e acabava demorando pra palavra voltar a ser compreendida pelo meu cerébro. Quando acontecia isso, eu entrava num puta estado de pânico e ficava morrendo de medo. Mas era só as coisas voltarem ao normal para, no dia seguinte, voltar a repetir alguma palavra até ela soar desconhecida. Acho que eu era um pouco viciada naquilo, quase uma dependente. <br />Imagina, uma criança entra no Narcóticos Anônimos pedindo ajuda pra parar com seu vício esquisito. Okay, melhor parar por aqui antes que alguém comece a achar que eu sou louca.<br /><br />Voltando ao princípio (ou meio, ou fim, ou dois terços começados, ou nos acréscimos do segundo do tempo. O que você preferir) do nada, o que você fez hoje?<br />A resposta "nada" não é permetida aqui, tá? Porque veja bem, já estamos falando nada e fazendo nada. Bom, não exatamente. Eu estou escrevendo e você está lendo. Não, na verdade eu <em>escrevi</em> e você é que continua lendo. E na hora que você estiver lendo, que é o seu presente e o meu atual futuro, o que será que eu estarei fazendo?<br />Dormindo? Lendo? Planejando como dominar o mundo em 16 dias? <br />Acho que dominar o mundo em 16 dias é meio difícil, não acha? Sei lá, o Bush, o Google, a Coca-cola e o Bill Gates (e mais uma infinidade de pessoas e instituições) já estão há tantos anos tentando e não conseguiram nada. Como eu, uma garota que posta coisas sem sentido no blog, ex-viciada em repetir palavras até elas perderem o sentido poderá, em míseros 16 dias dominar o mundo?<br />Talvez, se eu seqüestrar alguém importante... Não, não, hackear os computadores da Nasa faria mais efeito. Mas como, se nem ao menos fazer um layout eu sei? No máximo meia dúzia de códigos HTML decorados sem mencionar que eu ainda enfrento problemas em acessar meu próprio e-mail por esquecer a senha. É, esqueçam isso de dominar o mundo (ou esqueçam apenas da parte dos 16 dias).<br /><br />Quer saber, acho que mais do que pensar no que eu poderia estar fazendo na hora que você estiver lendo (não, eu não virei operadora de telemarketing), eu deveria era estar fazendo alguma coisa agora. Além de escrever, obviamente. <br />Faltam poucos meses pra eu me formar no Ensino Médio (o que não é grande coisa) e ainda não faço idéia do que fazer. Tudo bem, eu tenho uma vaga idéia, mas é estranho. Desde o dia em que você entrou na escola, na remota 1ª série, tu nunca parou pra pensar no que fazer <em>depois</em> (essa história toda de "depois", de "o que fazer depois?" e "depois blábláblá" já foi falado em uma postagem antiga, se não me falha a memória. Mas esquece isso. Não tem nada a ver com o andamento desse post mesmo). Talvez tu até tivesse alguns pensamentos vagos a respeito, mas como ainda ia demorar pra acontecer, eram só pensamentos. Mas agora essas coisas não estão tão distantes assim e confesso que eu estou com medo. Sempre existia o ano seguinte na escola para dar um apoio, para não ter com o que se preocupar. Mas agora as coisas não são mais assim e o ano que vem ainda é um mistério. Seria tão mais fácil se houvesse um número para ligar ao fim de cada ano, como se fosse o Você Decide (mas, é claro, o final que iria ao ar seria o que você decidiu, e não o que eles quisessem por no ar). Aí você ligava, decidia e pronto. Até porquê, para decidir, você assistiria a uma sinopse de cada um dos possíveis futuros para ter certeza do que decidir e não se arrepender depois. Seria ótimo. Ou não, talvez perdesse toda a graça das coisas.<br /><br />E só pra finalizar, uma notícia estúpida que não tem nada a ver com nada (e é por isso que ela se encaixa perfeitamente aqui): a Shirley Temple tupiniquim vai virar boneca. Bo-ne-ca. <br />Oh céus, o fim está próximo. Definitivamente.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-33020202791087509882008-08-08T09:37:00.002-03:002008-08-08T10:44:12.338-03:00E então é isso.<em>Exatamente como você disse que seria.</em><br /><br /><br />Às vezes você também se perde em pensamentos, se perguntando se o Destino existe? Se é tudo coincidência ou acaso? <br />Eu fico realmente em dúvida quanto isso. Sabe, eu prefiro pensar que nada está decidido, que sou que faço a minha sorte, que eu sou dona do meu caminho, etc. Mas aí acontece alguma coisa que te faz parar e pensar se aquilo que aconteceu foi apenas uma coincidência ou se, de fato, estava marcado para acontecer.<br />Como de repente se levantar, abrir a porta e começar a caminhar sem um rumo certo e se deparar com o amor da sua vida no ponto de ônibus (que, obviamente, tu acabou de conhecer). Ou de se atrasar para o vôo e descobrir, momentos mais tarde, que exatamente aquele avião que você iria pegar teve uma falha no sistema e caiu, sem deixar sobreviventes.<br />São coisas assim que me assustam. E agora, se você parar para analisar vai ver que um bocado de coisas que acontecem (ou aconteceram) na sua vida foram assim, meio sem explicação e cheio de mistérios, dando aquela sensação de que foi tudo minuciosamente traçado. Sabe, de você falar uma coisa que muda toda a sua vida, de agir sem pensar e ter resultados distintos no futuro.<br /><br />Esses dias estão sendo um tanto estranhos pra mim. Não que os outros não sejam, minha vida é meio estranha, mas fazia um certo tempo que eu não ficava tão espantada com vários acontecimentos coincidentes. E isso vai da seqüência de números repetidos que eu vejo por todo lugar até aquilo de passar o filme na TV que eu estava afim de ver, ou de alguma certa música tocar no Media Player em modo aleatório.<br />Sem mencionar aquelas vontades que vem do nada, que são seguidas de uma descoberta nem sempre feliz e um insistente ponto de interrogação enorme sobre a minha cabeça. <br /><br />[Off] O que uma pessoa tem na cabeça pra ficar entrando no MSN com uma foto sem camisa? Pior que eu me desconcentrei tentando descobrir quem era o cidadão. Te contar, viu... [/Off]<br /><br />Mas voltando ao assunto, eu não sei se essa vontade estranha de "vou reler coisas passadas exatamente agora" e acabar lendo coisas que você não esperava ler e que te deixam com uma sensação estranha (e uma vontade de esclarecer uma coisa, mas já faz tanto tempo que eu acho que nem vale a pena. Quem sabe um dia no futuro eu venha a esclarecer tudo e deixar de ser a "indigna") é só uma coincidência, ou se realmente era para acontecer. Isso eu só poderei saber daqui alguns vários anos, quando eu já tiver vivenciado o desfecho dessa história toda e poder dizer se foi bom ou ruim as coisas terem aconteceido da maneira que aconteceram, se uma palavra muda tudo ou o quê. E isso eu digo no geral mesmo, na vida como um todo. Talvez se eu não tivesse pego o ônibus com a minha mãe há vários meses atrás eu não teria visto um cartaz de uma certa faculdade, me interessado por um certo curso de graduação, deixado ele de lado e retomado a idéia recentemente após a sugestão de um amigo.<br />São essas pequenas coisas que mudam toda a sua vida. Até mesmo um pequeno desentendimento, ou uma falha na comunicação pode resultar em coisas inimagináveis. <br /><br />Quando eu páro para analisar a minha vida até agora, fica claro o quanto coisas que eu julgava pequenas mudaram toda a minha vida. Assim, eu posso dividi-la em dua partes bem definidas: o antes e o depois de 2004. Não vou me prolongar nesse assunto, (acho que só umas três pessoas que lerem isso aqui entenderão do que falo. Ou até menos do que isso) mas imagine que você está caminhando tranqüilamente e de repente começa a correr numa direção totalmente oposta. Foi mais ou menos assim que aconteceu. Claro que não tão simples, mas deixemos isso de lado. O fato é, que mudou TUDO de uma forma absurdamente RÁPIDA. Meus conceitos, toda a minha visão d emundo, das pessoas, amigos, etc e etc. Já na segunda parte da minha vida ela também pode ser dividida em mais duas partes (não de uma forma tão radical quanto a primeira, já que essa segunda divisão mudou muita coisa, mas não o meu eu por completo. Tá dando pra acompanhar?): o antes e o depois da metade de 2005. E aí sim, as coisas todas mudaram e nem de longe eu poderia ser comparada àquela primeira parte, o antes de 2004.<br />É claro que de lá pra cá algumas coisas mudaram, mas coisas mais superficiais, entende? E quando eu relembro, fico espantada em como coisas que começaram pequenas mudaram toda a minha vida; em como um momento que eu achei horroroso pode ser considerado como a melhor fase da minha vida (melhor fase em termos de libertação, mudança, esse tipo de coisa).<br /><br />E isso tudo é tão complexo que eu acho meio improvável ser só coincidência.<br /><br />O post ficou meio longo, mas que se foda. Falei demais em certas partes, algumas coisas muita gente não vai entender e se você chegou até aqui sem pular nenhuma parte merece um doce.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-15256215797172802992008-08-03T17:27:00.005-03:002008-08-03T18:11:15.046-03:00Vai e vem.Eu nem sei por onde começar. Tem tanta coisa na minha cabeça, que fica indo e vindo, reboando... Mas tudo fica confuso e eu me perco, pois não sei mais como começou e nem que fim irá levar (já que a idéia principal muda constantemente).<br /><br />Eu gostaria de agradecer às pessoas que passam aqui e comentam. De verdade, obrigada. Eu não faço idéia de como vocês chegam aqui, mas só de saber que tem gente lendo e se dando o trabalho de comentar, cara, é incrível. E isso me lembra de vários blogs que eu já visitei, mas nunca comentei. Eu não sei exatamente o porquê de não o ter feito, já que eram blogs e postagens brilhantes. Talvez, pra ter aquele momento só meu de leitura, entende? Como uma andarilha no meio da noite, que vai passeando silenciosa, absorvendo tudo com o olhar e só. Fora que em vários que eu visitava, o blog já estava abandonado. Era meio triste chegar numa postagem onde a pessoa se despedia, ou simplismente sumia. Aí, olhando bem, eu reparava que haviam poucos comentários em todo o blog e percebia que em muitos casos o motivo da morte desse diário virtual era a falta de leitores. Leitores esses que se manifestam comentando, que são um motivo para te fazer continuar. Caramba, será que nós só continuamos um projeto se ele tiver reconhecimento imediato? Será que nunca criamos algo só para nós? <br />É claro que todos queremos um lugar ao Sol, mas também é triste reparar que quase ninguém se importa consigo mesmo, estão sempre fazendo algo para os outros e ser reconhecido, raramente pelo próprio prazer.<br /><br />E ainda nesse assunto todo de blogs, ontem uma amiga minha me manda o link de um "gêmeo" do meu blog. É, um blog que possue o mesmo nome que o meu. Onde será que estava a mente da guria na hora de criá-lo? E daí volta o assunto do "entrar em blogs e não comentar", já que eu entrei, li algumas postagens, fiquei feliz por ter criado o meu antes, mas não falei nada. Sei lá, eu poderia muito bem ter ido lá nos comentários e dar ao menos um oi, ou lançar uma piadinha tosca do tipo "E aí, chará?"<br /><br />Mudando de assunto... Conhecem o <a href="http://www.googlefight.com">Google Fight</a>? Tu digita duas palavras e as bota para brigar. É uma saída rápida quando se está em dúvida na grafia de uma palavra (como eu fiz pra escrever "chará", que obteve 1.420.000 resultados contra 39.500 resultados de "xará"). Também dá pra bancar o bobo e ficar vendo quem ganha de quem numa espécie de rinha de galos feita com palavras. Aí tu joga lá Rolling Stones X Beatles, Luke Skywalker X Darth Vader, Harry Potter X Lord Voldemort ou o que mais a sua estupidez deixar. E ainda existe as últimas 20 lutas, caso você esteja com preguiça de pensar em mais coisa ou pura curiosidade pra saber das outras brigas. É retardado, eu sei. Mas o quê não é hoje em dia?BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-66197493679278333432008-07-14T16:29:00.002-03:002008-07-14T17:07:28.129-03:00Que música é essa?É bem legal quando, ao assistir um filme, você ouve uma música conhecida ao fundo como trilha sonora. Às vezes isso até te empolga a prestar mais atenção ou ajudar a transformá-lo em seu filme preferido.<br />Mas aí quando você menos espera, no lugar e na hora mais improvável, eis que surge de fundo aquela batida tão conhecida sua. De repente, no meio de uma reportagem sobre carros semi-espacias, aquela melodia e aquela letra que você sabe de cor. Então a história toda muda, porque você não fica feliz, mas fica chocado e confuso. Como pode tocar algo tão incomum para os padrões atuais nos lugares mais comuns?<br /><br />Ultimamente eu tenho tido vários desses sustos.<br />Começou com Strokes como tema de várias reportagens do Auto Esporte. Tudo bem que não foi tão estranho, e eu achei que esse seria apenas um caso isolado; aí evolouiu para algumas matérias do Fantástico (com vários artistas que eu jamais imaginei que a Globo sequer conhecesse); chegando até a novela das oito que passa às nove com Yesterday ao fundo de alguma cena (!!!).<br />Foi uma coisa assim meio chocante, de chegar a perguntar perplexa "eu estou ficando louca ou tá tocando Yesterday na novela?". Ou um outro dia, em que eu estava aqui no PC, de costas para a TV e de repente ouço All My Loving no Big Brother (!!!!!!). E ainda ontem, acho que durante o Faustão, toca Ob-la-di Ob-la-da.<br /><br />Dia desses, entro por acaso num desses blogs indies cheios de download, e me deparo com <a href="http://dominodromo.blogspot.com/search/label/de%20onde%20veio%20isso">esse marcador</a>, que trata examente disso. Tá que ele se preocupa mais em ver que tal banda desconhecida tá aparecendo nos lugares populares, mas não deixa de ser um grande susto ouvir músicas dos Beatles na Rede Globo. E tá também que sempre foram as regravações do filme Across the Universe, mas ainda assim...<br /><br />Aí eu me pergunto se esse seria o momento de nos descabelarmos e pensar "como pode tocar X-Banda-Super-Foda no mesmo programa que toca o Funk-Grotesco-do-Rio?" ou ponderar sobre o assunto e achar que isso é uma recuperação musical da população, onde aos poucos, a música ruim (pra não dizer coisa pior) é substuída por outra melhor.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-91589667102209682872008-06-23T18:46:00.001-03:002008-06-23T18:47:57.615-03:00She's Leaving HomeHá tempos eu venho pensando nessa postagem, organizando minhas idéias (ou tentando, pelo menos), mas agora talvez tenha um pouquinho a mais do que falar (e chega de gerúndio!).<br />Quem nunca quis fugir de casa?<br />Eu tenho essa vontade desde muito tempo. Não exatamente pegar a mochila e sair de casa às cinco da manhã deixando apenas um bilhete na geladeira pra trás. Mas em ter a minha independência e ser dona do meu próprio eu.<br />Fazer o que quiser, a hora que quiser sem ter que dar satisfação nenhuma a ninguém é quase um sonho. E se você está de saco cheio da sua casa então, melhor.<br /><br />Se você não for um completo alienado, provavelmente viu na TV ou ouviu alguém comentar sobre aquelas duas garotas quê, do dia pra noite, resolveram colocar a mochila nas costas e com R$100,00 no bolso ir pedindo carona até sabe-se-lá-onde. Uns dias depois elas foram achadas e pronto, a mídia toda caiu em cima. (Não foi um exagero tipo Caso Isabella. Mas francamente, aquela garota também já deu o que tinha que dar)<br />Desde o momento em que eu ouvi na TV que elas estavam desaparecidas e fiquei sabendo “por cima” como estava sendo a história, já virei fã das duas e dei meu total apoio na aventura delas. Torcia para que elas continuassem sumidas e sei lá, criassem uma identidade falsa e vivessem felizes em sua plena liberdade no Sul do país.<br />Mas, elas foram achadas (como eu já disse antes. Droga, odeio ir fazendo resumos da história durante a história) e todo mundo, eu disse TODO MUNDO ficou achando que elas eram doidas e coisa e tal. Mas aí eu me pergunto, quem nunca teve essa vontade, oras?<br />Hoje, por exemplo, eu acho na Tv a reprise do Altas Horas e quem estava dando entrevista? As duas. Parei pra assistir. E acontece que nunca, em toda a minha pouca experiência nesse programa eu vi as pessoas da platéia quase saírem no tapa pra fazer uma pergunta aos entrevistados. E no que eu pude perceber (pegar entrevista pela metade é foda), todas as pessoas as julgavam da pior maneira possível e ninguém entendia o motivo da fuga delas.<br />Aí eu parei e pensei com os meus botões (não, botões não porque eu não estava usando nenhuma roupa com botão. Nem com zíper. Hum, deixe-me ver... Estava pensando com meus cadarços. Sim, cadarços!)...<br />Aí eu parei e pensei com os meus cadarços: Será que eu sou a única pessoa que entende perfeitamente os motivos delas de liberdade, de sair de uma vida chata e ter uma aventurazinha?<br />Tudo bem que não foi uma atitude responsável, mas ainda assim, acho muita tempestade em copo d’água, entende? Não vejo motivo para tanto drama em cima de algo tão simples. Acho mais louvável isso do que combinar com mais 16 amigas de engravidar ao mesmo tempo na adolescência.<br /><br />Às vezes quando eu paro e olho em volta, acho que todas as pessoas agem de uma forma meio robótica, rotineira. Quase que uma linha de produção. Aí quando alguém resolve quebrar isso fazem um escarcéu (tá certo? Foi o Word que me corrigiu. =P) danado.<br />Não vejo as pessoas felizes e muito menos alguém tentando mudar isso, nem que seja para si mesma. Como eu já disse antes, vontade de repetir o feito não me falta. Mas a minha razão, feliz ou infelizmente, berra a plenos pulmões quando eu estou à beira de tomar uma atitude mais drástica. Então, até lá, a vontade só aumenta. Talvez eu tenha mais sorte e consiga deixar minha casa em busca de um pouco de diversão.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-61128507553096826232008-06-08T17:31:00.002-03:002008-06-08T17:41:24.781-03:00Stonepit.Eu tô com quase dois posts formados na minha cabeça, e pequenas idéias para mais alguns.<br />Mas como a preguiça de organizar as idéias e digitar é muito maior, só vim aqui falar uma coisa que anda me atormentando muito esses dias:<br />Você prefere continuar esperando as condições mudarem e se tornarem mais favoráveis para você subir a montanha e se arriscar naquilo que você mais deseja, ou prefere continuar no sopé dela se distraindo ao brincar com pequenos esquilos?BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-37397747908017205852008-05-15T15:19:00.004-03:002008-05-15T15:52:34.470-03:00Show de Horrores - A RessurreiçãoÉ, de novo esse assunto. Eu também já estou cansada, mas fazer o quê se a cada dia surge uma coisa nova a esse respeito? <div><div></div><div><br /></div><div>Pois bem, quando ninguém mais estava se importando com essas provas, cada um seguindo sua vida tranqüila e despreocupadamente até que hoje divulgam as notas gerais para ver quem ficaria ou não de recuperação.</div><div></div><div><br /></div><div>Mas o quê?!</div><div>Não haviam dito que essa prova não prestava pra nada e que com aquele oba-oba de gabaritos vazados na Internet as notas não valeriam?</div><div>É, doce engano. Os menos afortunados que não foram bem na prova irão SIM passar as tardes de recuperação ou até mesmo se deleitar na escola durante as férias.</div><div>E se você está achando que um número mínimo de pessoas irão passar por isso, enganou-se de novo, meu bem! Praticamente a escola TODA ficou abaixo da média e se fodeu bonito. Isso porquê, graças a uma conta maluca que foi implementada só na minha escola praticamente desconsidera as notas das duas provas e avalia apenas a redação, desse jeito (sendo M a média, P Português, M matemática e R Redação):</div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5200674326374637234" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi0z1PivN7vqub7U3VwM92ytSIgVABS6lIlBnf3wYxwwLfM9HAogyQsy3mn-21XcGHA_Bp7cPlDPoUNP-l4ADRPUrdAEELuGkf0SDzd2Nb2zqIi1Nl-6I_vu9gEewNxcmSZ9Kuvhwyyc59/s200/formula1.bmp" border="0" />A desculpa que inventaram foi de que assim, "o aluno seria avaliado por algo que ele realmente fez, e não pelo o que ele copiou da internet". Okay, é compreensível. Mas e aqueles que não usaram a cola? E aqueles que são fodões pra exatas mas não são bons com redação? E aqueles que não estavam de muito bom humor ou pouco inspirados no dia e fizeram a redação meia-boca? E aqueles que tiveram a redação cancelada por uma sééérie de motivos que só ficamos sabendo depois de fazê-la? Hein, hein? <div></div>Sem contar com os números absurdos de gente ficando com a média de 13 pontos (onde só poderia ir até o 10 - coisa que ninguém conseguiu) e muito aluno bom ficando com 0.</div><div><br /><div>Então, depois dos professores analisarem melhor a situação, dicidiram calcular pela maneira normal:</div><div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5200675808138354370" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpVN9lOEbHIK1hr27c0NuaEM_9uaipSC9bIzA41NAdV6DQlAbu8aQShiv417aMz4XKAgw7Ev7HHHlIo-mWZaOXVSAGEE7wPTqo_P0gJ8zh5aVwwo1Kcu1uSgjaPz2dKFzXHfa4-uhISd2-/s200/formula2.bmp" border="0" /></div></div><br /><p>Com isso, acredito que todos tenham conseguido nota suficiente para não ficar de recuperação... Maaas, como sempre existe um "mas" nessa história toda, é bem capaz de criarem alguma outra novela, desconsiderar um ponto aqui e outro acolá, sem contar com um possível Jornal v2.0.</p><p>[nerd]Bom, eu tinha passado de qualquer maneira, e não vai me afetar em nada qual método eles decidirem adotar de fato.[/nerd] Mas que é muita sacanagem fazerem isso, é. Sem mencionar que o tal professor que inventou esse sistema ainda é uma incógnita: uns dizem que foi um professor loucão da tarde, outros dizem que foi o filho da p..., quero dizer, que foi o meu professor de matemática. Acredito que a identidade dele esteja sendo preservada com medo dele ser linchado (principalmente se foi o meu professor, e mais ainda depois da prova que ele passou).</p><p>Ah, e a nota vai ser encaixada, de alguma forma misteriosa que ainda ninguém sabe, nas nossas médias de todas as matérias. Só que ninguém sabe qual nota que vai ser usada (se a nota geral ou se a nota de português será usada nas matérias de humanas e a de matemática nas de exatas, por exemplo) ou o quê. Resumindo, ninguém sabe nada de nada. (y)</p><p>E até lá, a gente fica esperando. Provavelmente eu voltarei com um "Show de Horrores - Vingança dos Sith" ou com a "Guerra dos Clones". (E a propósito, alguém aí tá afim de ir comigo assistir Star Wars na nova versão animada? xD)</p>BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-76065138829578388602008-05-06T14:58:00.002-03:002008-05-06T15:20:46.849-03:00Dar o Primeiro PassoSinceramente, é difícil tomar iniciativas. E não importa onde ou pra quê, é difícil.<br />Não saber por onde começar, o que falar... às vezes, você até sabe como proceder da metade em diante, sobre o que falar ou que rumos tomar. O <em>começar</em> é que é difícil.<br /><em></em><br />50 minutos. Aproximadamente 15 minutos perdidos com a falação habitual que precede uma prova. Restam 35 e uma folha em branco.<br />Você sabe o assunto, sabe o que aconteceu, já tem até um pedaço da narrativa todo formado na sua cabeça. Só não faz idéia de como dar a ignição nisso tudo. Mais 5 minutos perdidos, mas pelo menos o seu nome e número já estão lá no alto da folha.<br />Você olha em volta, as cabeças estão abaixadas e apenas o barulho do lápis riscando o papel. Aqui ou ali, uma folha erguida com o seu dono admirando o trabalho feito até então. Você abaixa os olhos e vê aquela imensidão de linhas vazias. Uma sensação estranha no estômago, você pega o livro e começa a folhear desesperadamente por uma inspiração para começar.<br />Tenta, de todas as formas, achar um jeito de começar. Talvez daquela forma habitual, dando voltas no assunto, repetindo a mesma idéia e o que foi pedido no enunciado.<br />Cadeiras se arrastam. Já tem gente terminando, e você aí, na mesma. Olha de novo pra folha, percebe que esqueceu de colocar sua sala. Pronto, arrumado. Mas continua na mesma - sem um bom começo.<br />Agora faltam menos de 20 minutos, e finalmente uma luzinha parece se acender bem no meio da sua cabeça. Então você começa a escrever desesperadamente, com seus pensamentos se atropelando pelo caminho. Confere no caderno se as informaçãoes estão certas, copia alguma citação aqui, uma data ali. Mais da metade da sala já foi embora e você ali, a mil. Numa mistura de euforia e afobação, consegue achar um gancho para colocar tudo aquilo que você sabe e se matou de estudar...<br />Mais 5 minutos para finalizar a prova. Você, à beira de ter convulsões, não conseguiu chegar nem na metade de tudo o que você tem a dizer. Começa a resumir e deixar pontas dispersas pelo caminho. Não tem mais quase ninguém sala, o lápis está quase rasgando o papel (e graças a Deus não terá que passar a caneta por cima). Uma paradinha para ler. O começo foi um fiasco, muita enrolação até achar a forma certa de se expressar; mais adiante, cenas detalhadas e capricho; lendo mais um pouco, a pressa pode ser facilmente percebida pela letra corrida e fatos simplismente citados; mais correria, e você ainda precisa de um final. Ou precisaria, se não tivesse que entregar sem tê-la finalizado decentemente. Então, um resumão é colocado em prática (leia-se: uma linha que dá a entender o que aconteceu) e acabou.<br />Hora de entregar e rezar para que da próxima vez arrume um começo mais depressa.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-78466076838610063372008-04-25T15:00:00.006-03:002008-04-25T16:03:55.463-03:00Show de Horrores - ConclusãoE houve a prova. Aliás, as provas: uma de Português/Humanas e a outra de Matemática/Exatas.<br /><br /><br />Já tem umas duas semanas (ou mais, ou menos... Preciso começar a anotar as coisas) que a fizemos e hoje saiu o resultado de uma delas. Mas, vamos ir por partes já que a lerda que vos fala esqueceu (não, ela não esqueceu, foi preguiça mesmo) de ir comunicando os fatos calmamente.<br /><br /><br />Na última postagem, a previsão era de que a prova seria na semana seguinte, cada matéria em um dia. Na verdade, foi só na outra semana, mas ainda separado pelas matérias.<br /><br />Muito bem, a prova de Português/Humanas seria na terça e a de Matemática/Exatas na quarta. O mais curioso, é que até o dia de anunciarem a data das provas, todo mundo estava debochando da prova e dizendo o quão moleza seria fazê-las, mas com a prova se aproximando, uma pontada de pânico foi caindo sobre a escola e em todo lugar era esse o comentário: a prova do governo.<br /><br />Na terça-feira de manhã, eu (lerda) descubro sobre o tal "gabarito vazado na internet na noite anterior" (isso que dá sua mãe te arrancar do computador a força cedo. As melhores coisas só acontecem na calada da noite) e todo mundo se preocupando em fazer suas colinhas e correndo para comparar com o vizinho, pra ver se era a mesma. Eu tava tranqüila com essa prova, mas não custa nada garantir o possível gabarito em um pedacinho de papel escondido no bolso da calça.<br />Bate o sinal, aquela apreensão. O professor entraa na sala, avisando que a prova só começaria mais tarde (é, eu não lembro mais qual foi o horário da prova =P) e que enquanto isso, poderíamos ficar lá de bobeira (Nota: Por que não avisaram a gente de que a prova começaria mais tarde? Nããão, nos pedem pra ir no horário normal só para ficar lá, sem fazer nada, desperdiçando o tempo que poderíamos estar dormindo u.u).<br />E, finalmente, a hora da prova. E mais que bosta de prova! Não veio lacrada e não havia sequer lugar pra colocar o nome.Muitíssimo bem feito, hã? Fora que as alternativas eram só "a-b-c-d" enquanto que no gabarito havia o "e". Fantástico.<br />A primeira pergunta, de inglês, deu até vontade de rir! Um textinho babaca para se ler, depois uma explicação pra pergunta a respeito dos cognatos (¬¬) e finalmente a pergunta. E as alternativas, mais bestas impossíveis.<br />Não era preciso ler duas vezes a questão pra poder responder. Não precisava nem pensar, para ser franca. O que foi foda, mesmo, foi a maldita redação. Escrever 20 linhas em um dia sem inspiração alguma não dá; sobre um tema que não me dava margens para enrolar (era alguma coisa sobre as leis não funcionarem no país); fora que letra pequena e linhas que não rendem não combinam. Ou seja, me matei de escrever pra conseguir míseras 22 linhas. (Começa a escrever na folha da prova, apaga. Escreve mais, apaga de novo. Volta a escrever, vê que não vai dar as 20 linhas, mas não tem mais o que falar sem ficar repetitivo e/ou voltando pro assunto do começo. Pega outra folha, reescreve o que estava na prova, enrolando bastante. Vê que ficou "menos pior", apaga o que estava na prova, passa da folha de rescunho pra prova, passa caneta por cima e apaga todo o lápis. Ufa!)<br />Entreguei e fui embora.<br /><br />Nesse mesmo dia, à noite, sobe uma janelinha no MSN:<br /><em></em><br /><em>Fulano diz: E aí, estudou bastante pra prova de amanhã?</em><br /><em>Eu diz: E vai fazer diferença estudar ou não? Não entendo nada de matemática mesmo. Me fodi. u.u</em><br /><em>Fulano diz: Consegui a prova na internet. E o gabarito.</em><br /><em>Eu diz: Pelo amor de Deus, me mande! *.*</em><br /><em>Fulano envia arquivo. </em><br /><em>Arquivo recebido com sucesso.</em><br /><br />Ahá! Com o gabarito em mãos, lá fui eu pra escola. A situação era pior do que a do dia anterior, com gente que daria um rim pelo gabarito. Como eu sou legal, dividi minha preciosidade com a sala até que chega um e diz ter o gabarito... Com as respostas totalmente diferentes! E agora, qual era o certo? Enquanto discutiam sobre qual dos dois era o verdadeiro, chega mais um dizendo "O professor de Matemática fez as contas na sala tal, e as respostas tão comigo." Enquanto alguns pagaram por esse gabarito (sim, PAGARAM) um doido arranjou o mesmo e passou de graça. E lá fui eu, copiar mais um. Chega a professora e distribui as provas. Logo de cara, já vi que não seria tão fácil quanto a de Humanas (malditos números!) e que nenhum dos gabaritos eram 100% confiáveis, já que vários davam respostas totalmente impossíveis.<br />Uma hora e pouco de prova, muitos chutes e rezas depois, termino e entrego a prova.<br />Lá embaixo, a grande maioria das pessoas com cara de enterro e um pequeno número de pessoas felizes da vida, porque elas tinham o gabarito certo e acertaram tudo (pessoas chatas e sortudas do segundo ano). Oh vida, oh céus, oh azar.<br /><br />Hoje, a professora de Português entrega as provas e passa as respostas na lousa. Adoraria dizer que gabaritei a prova, mas errei uma. Uma maldita pergunta do além, que não dava pra responder sem ajuda divina. (já que pela leitura e compreensão do texto era impossível. As alternativas não tinham nada a ver com ele)<br />Só mais dois guris da sala que acertaram as 19 perguntas e o resto da sala ficou numa média de 15 a 17 acertos. E teve gente que conseguiu a proeza de acertar menos da metade! Se fosse na de Matemática, seria até compreensível (xD), mas em uma prova onde as perguntas eram só ler e responder, não dá, né?<br />Bate o sinal, aula de matemática. Logo de cara o professor diz que não corrigiu e que nem irá corrigir a prova, porque aquela porcaria mal-feita não vale nada. Agora, se ele disse isso só para nos alegrar, mas na verdade irá corrigir e dizer que mais da metade da sala levou bomba, ou se ele está falando sério, eu já não sei. Espero, do fundo do coração que ele esteja falando a verdade. xD<br /><br />E, foi isso. Eu sei que eu fiquei me gabando, dizendo que a prova seria idiota... Mas matemática, sabe, não rola. Eu ainda torço para que um dia seja possível escolher as matérias que você deseja estudar, e com certeza matemática e educação física serão as primeiras que eu irei chutar para bem longe.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3610775776179877886.post-89318342780103753582008-03-27T13:59:00.014-03:002008-03-27T14:53:03.113-03:00Show de HorroresQualquer um sabe que a qualidade de ensino público de São Paulo está longe de ser considerada exemplar. Longe até de ser considerada "razoável".<br />Educação nunca foi prioridade nesse país. Sempre foi meio esquecido, deixado de lado, empurrado com a barriga...<br /><br />Depois de resultados catastróficos naquele Saresp do ano passado (e de qualquer concurso que foi realizado), o excelentíssimo Governo de São Paulo criou uma coisa maravilhosa, que acabaria com todos os problemas da educação num piscar de olhos. Era o sensacional: Jornal do Aluno!!<br />Nele, teríamos todas as matérias, com tudo que um aluno precisa saber. Isso é, realmente, uma ótima coisa!<br />Um jornalzinho medío... Err, um jornal bem estruturado, completo, que supre todas as necessidades que um aluno que está prestes a entrar na faculdade precisa. E quem se importa com o fato de o 2º e o 3º ano estarem usando o mesmo (você leu certo. É o mesmo. Não disse que era parecido, que tinha uma ou outra questão igual. É exatamente o MESMO) jornal?<br />E o melhor, é que depois de um árduo estudo baseado nas informações contidas nesse material, faremos uma prova que irá mostrar ao Brasil inteiro que essa solução foi boa e que o Governo Estadual é fabuloso! É, seus problemas acabaram, senhor Governador! =D<br /><br />Okay, agora falando sério, desde que as aulas começaram há quase dois meses, ninguém aprendeu absolutamente NADA. As lições desse jornal são estúpidas, quase uma ofensa aos alunos. A parte de português chega a ser deprimente. Qualquer criancinha da 4ª série saberia fazer os exercícios propostos e ainda fazer um desenho no final da aula. Química, física, biologia e geografia são apenas gráficos. E nem é algo que precise de muito raciocínio. Só bater o olho e dizer 'Ah, a taxa de crescimento de X coisa foi maior que a de Y coisa'. Porque são todas as questões iguais, só muda o nome.<br />As aulas de história foram ótimas (mas é preciso querer mesmo prestar atenção na aula. O nosso professor tem o dom de fazer os alunos cairem no sono. Eu gosto das aulas dele [tá, sou a única com essa opinião na escola], mesmo tendo que balançar a cabeça de vez em quando pra me manter acordada.), não por causa do jornal, mas pela ausência dele. O professor só pediu para que fizéssemos os exercícios, todos de uma vez e entreguasse, já que ele precisava mostrar isso à Delegacia de Ensino. As primeiras aulas foram cheias de críticas e comparações ao período da ditadura. Tá certo que ele me deixou com um certo medinho do futuro próximo. Enfim, foi o primeiro a começar a passar matéria (teria começado antes se ele fosse menos enrolado xD).<br /><br />Bom, voltando a falar da proposta do jornal, iremos fazer uma prova nas próximas semanas (ninguém sabe ao certo quando ou como será. Essa é mais uma coisa ótima desse jornal: ninguém sabe de absolutamente nada do que vai acontecer) para avaliar o quanto foi eficiente esse jornal. Pois bem, desde o começo do ano, a idéia que rondava nossas cabecinhas juvenis era a mesma: boicote. Se todos deixassem de fazer a prova; ou respondesse tudo errado; ou fizesse um sei-lá-o-quê, desde que não fosse levar a prova a sério, estava valendo. Assim, mostraríamos como essa idéia havia sido um fracasso, e que não seria com algumas folhas de papel que o problema da educação seria resolvido.<br />Mas como fomos tolinhos, não é? É claro que o ditador lá pensou nisso e já se preveniu: quem não conseguir atingir o mínimo de pontos (que provavelmente será bem baixo) irá ficar dois meses de recuperação! (y) Quem estuda de manhã, terá de ir todos os dias para fazer recuperação à tarde, e vice-versa. E, depois dessa recuperação, uma nova prova (provavelmente mais estúpida que a anterior). Quem tiver a proeza de ir mal (ou quiser ir a fundo no boicote, talvez...) nessa prova, passará julho INTEIRO de recuperação. Belezura, né?<br /><br />Aí, estamos todos na merda. Sem ensino de qualidade e ainda tendo que ser marionetes do estado pra mostrar pro Brasil inteiro que aquele lixo de jornal - que não serve nem pra limpar o cú - é a revolução na educação Paulista, quiçá, Brasileira.BeleCrofthttp://www.blogger.com/profile/08083717494877086517noreply@blogger.com3