quinta-feira, maio 15

Show de Horrores - A Ressurreição

É, de novo esse assunto. Eu também já estou cansada, mas fazer o quê se a cada dia surge uma coisa nova a esse respeito?


Pois bem, quando ninguém mais estava se importando com essas provas, cada um seguindo sua vida tranqüila e despreocupadamente até que hoje divulgam as notas gerais para ver quem ficaria ou não de recuperação.

Mas o quê?!
Não haviam dito que essa prova não prestava pra nada e que com aquele oba-oba de gabaritos vazados na Internet as notas não valeriam?
É, doce engano. Os menos afortunados que não foram bem na prova irão SIM passar as tardes de recuperação ou até mesmo se deleitar na escola durante as férias.
E se você está achando que um número mínimo de pessoas irão passar por isso, enganou-se de novo, meu bem! Praticamente a escola TODA ficou abaixo da média e se fodeu bonito. Isso porquê, graças a uma conta maluca que foi implementada só na minha escola praticamente desconsidera as notas das duas provas e avalia apenas a redação, desse jeito (sendo M a média, P Português, M matemática e R Redação):
A desculpa que inventaram foi de que assim, "o aluno seria avaliado por algo que ele realmente fez, e não pelo o que ele copiou da internet". Okay, é compreensível. Mas e aqueles que não usaram a cola? E aqueles que são fodões pra exatas mas não são bons com redação? E aqueles que não estavam de muito bom humor ou pouco inspirados no dia e fizeram a redação meia-boca? E aqueles que tiveram a redação cancelada por uma sééérie de motivos que só ficamos sabendo depois de fazê-la? Hein, hein?
Sem contar com os números absurdos de gente ficando com a média de 13 pontos (onde só poderia ir até o 10 - coisa que ninguém conseguiu) e muito aluno bom ficando com 0.

Então, depois dos professores analisarem melhor a situação, dicidiram calcular pela maneira normal:

Com isso, acredito que todos tenham conseguido nota suficiente para não ficar de recuperação... Maaas, como sempre existe um "mas" nessa história toda, é bem capaz de criarem alguma outra novela, desconsiderar um ponto aqui e outro acolá, sem contar com um possível Jornal v2.0.

[nerd]Bom, eu tinha passado de qualquer maneira, e não vai me afetar em nada qual método eles decidirem adotar de fato.[/nerd] Mas que é muita sacanagem fazerem isso, é. Sem mencionar que o tal professor que inventou esse sistema ainda é uma incógnita: uns dizem que foi um professor loucão da tarde, outros dizem que foi o filho da p..., quero dizer, que foi o meu professor de matemática. Acredito que a identidade dele esteja sendo preservada com medo dele ser linchado (principalmente se foi o meu professor, e mais ainda depois da prova que ele passou).

Ah, e a nota vai ser encaixada, de alguma forma misteriosa que ainda ninguém sabe, nas nossas médias de todas as matérias. Só que ninguém sabe qual nota que vai ser usada (se a nota geral ou se a nota de português será usada nas matérias de humanas e a de matemática nas de exatas, por exemplo) ou o quê. Resumindo, ninguém sabe nada de nada. (y)

E até lá, a gente fica esperando. Provavelmente eu voltarei com um "Show de Horrores - Vingança dos Sith" ou com a "Guerra dos Clones". (E a propósito, alguém aí tá afim de ir comigo assistir Star Wars na nova versão animada? xD)

terça-feira, maio 6

Dar o Primeiro Passo

Sinceramente, é difícil tomar iniciativas. E não importa onde ou pra quê, é difícil.
Não saber por onde começar, o que falar... às vezes, você até sabe como proceder da metade em diante, sobre o que falar ou que rumos tomar. O começar é que é difícil.

50 minutos. Aproximadamente 15 minutos perdidos com a falação habitual que precede uma prova. Restam 35 e uma folha em branco.
Você sabe o assunto, sabe o que aconteceu, já tem até um pedaço da narrativa todo formado na sua cabeça. Só não faz idéia de como dar a ignição nisso tudo. Mais 5 minutos perdidos, mas pelo menos o seu nome e número já estão lá no alto da folha.
Você olha em volta, as cabeças estão abaixadas e apenas o barulho do lápis riscando o papel. Aqui ou ali, uma folha erguida com o seu dono admirando o trabalho feito até então. Você abaixa os olhos e vê aquela imensidão de linhas vazias. Uma sensação estranha no estômago, você pega o livro e começa a folhear desesperadamente por uma inspiração para começar.
Tenta, de todas as formas, achar um jeito de começar. Talvez daquela forma habitual, dando voltas no assunto, repetindo a mesma idéia e o que foi pedido no enunciado.
Cadeiras se arrastam. Já tem gente terminando, e você aí, na mesma. Olha de novo pra folha, percebe que esqueceu de colocar sua sala. Pronto, arrumado. Mas continua na mesma - sem um bom começo.
Agora faltam menos de 20 minutos, e finalmente uma luzinha parece se acender bem no meio da sua cabeça. Então você começa a escrever desesperadamente, com seus pensamentos se atropelando pelo caminho. Confere no caderno se as informaçãoes estão certas, copia alguma citação aqui, uma data ali. Mais da metade da sala já foi embora e você ali, a mil. Numa mistura de euforia e afobação, consegue achar um gancho para colocar tudo aquilo que você sabe e se matou de estudar...
Mais 5 minutos para finalizar a prova. Você, à beira de ter convulsões, não conseguiu chegar nem na metade de tudo o que você tem a dizer. Começa a resumir e deixar pontas dispersas pelo caminho. Não tem mais quase ninguém sala, o lápis está quase rasgando o papel (e graças a Deus não terá que passar a caneta por cima). Uma paradinha para ler. O começo foi um fiasco, muita enrolação até achar a forma certa de se expressar; mais adiante, cenas detalhadas e capricho; lendo mais um pouco, a pressa pode ser facilmente percebida pela letra corrida e fatos simplismente citados; mais correria, e você ainda precisa de um final. Ou precisaria, se não tivesse que entregar sem tê-la finalizado decentemente. Então, um resumão é colocado em prática (leia-se: uma linha que dá a entender o que aconteceu) e acabou.
Hora de entregar e rezar para que da próxima vez arrume um começo mais depressa.