segunda-feira, junho 23

She's Leaving Home

Há tempos eu venho pensando nessa postagem, organizando minhas idéias (ou tentando, pelo menos), mas agora talvez tenha um pouquinho a mais do que falar (e chega de gerúndio!).
Quem nunca quis fugir de casa?
Eu tenho essa vontade desde muito tempo. Não exatamente pegar a mochila e sair de casa às cinco da manhã deixando apenas um bilhete na geladeira pra trás. Mas em ter a minha independência e ser dona do meu próprio eu.
Fazer o que quiser, a hora que quiser sem ter que dar satisfação nenhuma a ninguém é quase um sonho. E se você está de saco cheio da sua casa então, melhor.

Se você não for um completo alienado, provavelmente viu na TV ou ouviu alguém comentar sobre aquelas duas garotas quê, do dia pra noite, resolveram colocar a mochila nas costas e com R$100,00 no bolso ir pedindo carona até sabe-se-lá-onde. Uns dias depois elas foram achadas e pronto, a mídia toda caiu em cima. (Não foi um exagero tipo Caso Isabella. Mas francamente, aquela garota também já deu o que tinha que dar)
Desde o momento em que eu ouvi na TV que elas estavam desaparecidas e fiquei sabendo “por cima” como estava sendo a história, já virei fã das duas e dei meu total apoio na aventura delas. Torcia para que elas continuassem sumidas e sei lá, criassem uma identidade falsa e vivessem felizes em sua plena liberdade no Sul do país.
Mas, elas foram achadas (como eu já disse antes. Droga, odeio ir fazendo resumos da história durante a história) e todo mundo, eu disse TODO MUNDO ficou achando que elas eram doidas e coisa e tal. Mas aí eu me pergunto, quem nunca teve essa vontade, oras?
Hoje, por exemplo, eu acho na Tv a reprise do Altas Horas e quem estava dando entrevista? As duas. Parei pra assistir. E acontece que nunca, em toda a minha pouca experiência nesse programa eu vi as pessoas da platéia quase saírem no tapa pra fazer uma pergunta aos entrevistados. E no que eu pude perceber (pegar entrevista pela metade é foda), todas as pessoas as julgavam da pior maneira possível e ninguém entendia o motivo da fuga delas.
Aí eu parei e pensei com os meus botões (não, botões não porque eu não estava usando nenhuma roupa com botão. Nem com zíper. Hum, deixe-me ver... Estava pensando com meus cadarços. Sim, cadarços!)...
Aí eu parei e pensei com os meus cadarços: Será que eu sou a única pessoa que entende perfeitamente os motivos delas de liberdade, de sair de uma vida chata e ter uma aventurazinha?
Tudo bem que não foi uma atitude responsável, mas ainda assim, acho muita tempestade em copo d’água, entende? Não vejo motivo para tanto drama em cima de algo tão simples. Acho mais louvável isso do que combinar com mais 16 amigas de engravidar ao mesmo tempo na adolescência.

Às vezes quando eu paro e olho em volta, acho que todas as pessoas agem de uma forma meio robótica, rotineira. Quase que uma linha de produção. Aí quando alguém resolve quebrar isso fazem um escarcéu (tá certo? Foi o Word que me corrigiu. =P) danado.
Não vejo as pessoas felizes e muito menos alguém tentando mudar isso, nem que seja para si mesma. Como eu já disse antes, vontade de repetir o feito não me falta. Mas a minha razão, feliz ou infelizmente, berra a plenos pulmões quando eu estou à beira de tomar uma atitude mais drástica. Então, até lá, a vontade só aumenta. Talvez eu tenha mais sorte e consiga deixar minha casa em busca de um pouco de diversão.

domingo, junho 8

Stonepit.

Eu tô com quase dois posts formados na minha cabeça, e pequenas idéias para mais alguns.
Mas como a preguiça de organizar as idéias e digitar é muito maior, só vim aqui falar uma coisa que anda me atormentando muito esses dias:
Você prefere continuar esperando as condições mudarem e se tornarem mais favoráveis para você subir a montanha e se arriscar naquilo que você mais deseja, ou prefere continuar no sopé dela se distraindo ao brincar com pequenos esquilos?