sexta-feira, novembro 30

Final de temporada.

Finalmente, o último de dia aula.
É claro que, para mim, assim como para tantos outros, essa é apenas uma pequena pausa e daqui dois meses, a rotina voltará ao normal.
Sinceramente, isso não me abala de nenhuma forma triste, muito pelo contrário: eu levanto as mãos pro céu e agradeço por poder ter dois meses de puro sossego, sem ter que olhar para a cara de tanta gente e agüentar tanta falação.

E não é que hoje, num dia glorioso como esse, tem gente que acha ruim?
Tá, tudo bem, passar dois meses longe dos amigos é chato, mas não é o Fim do Mundo. Existe telefone, MSN, Orkut, SMS, telegrama, sinais de fumaça, qualquer coisa para manter o contato.
Ninguém lá (na minha escola, e acredito que na sua seja igual) mora do outro lado da cidade para que impossibilite eles de saírem juntos nas férias. E são dois meses! Dois meses que passam voando! Rapidinho já voltarão a se ver todos os dias, até cansar.
Mas tudo bem, existem os alunos do terceiro ano e para eles, pode ser que muitos não se vejam mais com certa freqüência. Alguns até, nunca mais se verão.
Mas okay, okay, é compreensível.
Agora pare e olhe por outro ângulo: você nunca mais verá aquela garota metida que vira a cara quando você passa, ou aquele professor que adora infernizar a sua vida. Se verá livre da comida horrorosa da cantina ou das tias chatas que ficam patrulhando o corredor na hora das aulas. Liberdade total de agora em diante!
Isso sim é motivo para se comemorar não é? Não é?

Bom, acho que não é assim que pensam os alunos da minha escola.

Acredito que você já tenha assistido Malhação alguma vez na sua vida. Vamos lá, admita, ao menos um episódio você já viu, mesmo que involuntariamente (talvez sua prima chata estivesse na sua casa, repetindo sem parar "Ah não! É hoje que o Marquinhos vai beijar a Camila! Não-posso-perder-esse-episódio-por-nada! Desliga esse video-game estúpido e me deixe ver a TV" e você foi obrigado a assistir).
E com certeza já assistiu àquele último episódio da temparada, quando todos os futuros astros da novela das oito estão saindo, e um bando de retardados futuras-estralas-das-oito estão entrando.
Os grupinhos falsos... quero dizer, de amigos fiéis e inseparáveis está se separando; o casal de namorados trocando aquelas juras de amor eterno e prometendo se casarem após a faculdade; outro grupo marcando de zuar muito nesse período antes de entrar para uma faculdade... E mais dois ingredientes essenciais: Choro e o tema da novela tocando de fundo.
Pois bem, imaginou?

Foi exatamente assim o dia de hoje. Éééééé, um episódio de Malhação ao vivo. De.li.ci.ous!
E lá estávamos nós, vendo tudo do alto da escada, toda aquela encenação de choradeira, grupinhos pulando ao som de Jota Quest... Mas espera um segundo! Aquele pessoal ali chorando NÃO são os formandos! E nem aquele outro grupinho ali...
Resumindo, 80% das pessoas que estavam se achando estrelas da Malhação não eram de futuros calouros em alguma faculdade, era aquele pessoal retardado do segundo ano que voltaria a se ver em dois meses!
Tenha santa paciência! Pra que tanta encheção de saco? Pra que ficar chorando se em dois meses, DOIS MALDITOS MESES estarão juntos de novo? Ah, vai ver se eu estou na esquina!


PS: Assim que o portão foi aberto, fui a primeira a por os pés para fora da escola. Seria isso bom ou ruim?

quarta-feira, novembro 14

Lâmpada apagada.

Olá.
Há uns dias eu venho pensando em postar alguma coisa. Mas não postar "qualquer coisa". Na verdade, eu tinha bastante coisa em mente.
Sei lá, eu tenho essa mania de quando estou sem fazer nada, começar a pensar em posts. E eis que eu vivo pensando em algo legal (ou que não seja absolutamente chato) para postar aqui. Mas a raíz do problema consiste na minha "desligação das coisas". É, eu sou desligada.

Tudo bem, eu poderia parar agora e começar a falar sobre o fim do Harry Potter. Eu até iria mesmo falar sobre isso. Mas foi só sentar na cadeira do computador para todas as minhas idéias sobre o livro se esvairem. Assim, fácil, fácil.
E também aconteceu a mesma coisa quando eu pensei em falar sobre os últimos dias na minha escola, sobre alguns acontecimentos recentes, sobre um diário perdido que eu achei recentemente ou sobre alguns pensamentos.

Eles ficam reboando na minha cabeça. Mas na hora de concretizá-los, todos somem. E eu fico me sentindo uma estúpida.

É meio como aquela propaganda, do Banco Itaú, se não me falha a memória: Quando a criatividade bater à sua porta, responda. Ela não costuma chamar duas vezes.

Acho que eu deveria prestar mais atenção nisso. Ou então, viver com um caderninho de anotações sempre a mão.

As idéias, sempre aparecem nas horas que definitivamente "não dá". Eu já cansei de acordar no meio noite, e do nada, vir uma melodia ou uma letra de música, toda formada na minha cabeça, e pensar: "Hey! Isso é legal! Faria sucesso..." mas acabo virando pro lado e dormindo de novo. Quando acordo, não me lembro nem de ter acordado. Ou, voltando da escola, pensando numa história fantástica para rechear um livro. Mas acontece que assim como a música, depois de um tempo ela some, sem nem deixar vestígios.

E que fique a dica.